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Os acidentes de trânsito, no Brasil, em sua maior parte são causados por erro do motorista. Em boa parte deles, o motivo é o fato de dirigir após o consumo de bebida alcoólica. A ingestão de uma lata de cerveja provoca uma concentração de aproximadamente 0,3 g/L de álcool no sangue. A tabela abaixo mostra os efeitos sobre o corpo humano provocados por bebidas alcoólicas em função de níveis de concentração de álcool no sangue:
Uma pessoa que tenha tomado três latas de cerveja provavelmente apresenta
(A) queda de atenção, de sensibilidade e das reações motoras.
(B) aparente normalidade, mas com alterações clínicas.
(C) confusão mental e falta de coordenação motora.
(D) disfunção digestiva e desequilíbrio ao andar.
(E) estupor e risco de parada respiratória.
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Após a ingestão de bebidas alcoólicas, o metabolismo do álcool e sua presença no sangue dependem de fatores como peso corporal, condições e tempo após a ingestão.
O gráfico mostra a variação da concentração de álcool no sangue de indivíduos de mesmo peso que beberam três latas de cerveja cada um, em diferentes condições: em jejum e após o jantar.
Tendo em vista que a concentração máxima de álcool no sangue permitida pela legislação brasileira para motoristas é 0,6 g/L, o indivíduo que bebeu após o jantar e o que bebeu em jejum só poderão dirigir após, aproximadamente,
(A) uma hora e uma hora e meia, respectivamente.
(B) três horas e meia hora, respectivamente.
(C) três horas e quatro horas e meia, respectivamente.
(D) seis horas e três horas, respectivamente.
(E) seis horas, igualmente.
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Na embalagem de um antibiótico, encontra-se uma bula que, entre outras informações, explica a ação do remédio do seguinte modo: O medicamento atua por inibição da síntese protéica bacteriana. Essa afirmação permite concluir que o antibiótico
(A) impede a fotossíntese realizada pelas bactérias causadoras da doença e, assim, elas não se alimentam e morrem.
(B) altera as informações genéticas das bactérias causadoras da doença, o que impede manutenção e reprodução desses organismos.
(C) dissolve as membranas das bactérias responsáveis pela doença, o que dificulta o transporte de nutrientes e provoca a morte delas.
(D) elimina os vírus causadores da doença, pois não conseguem obter as proteínas que seriam produzidas pelas bactérias que parasitam.
(E) interrompe a produção de proteína das bactérias causadoras da doença, o que impede sua multiplicação pelo bloqueio de funções vitais.
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Quando o corpo humano é invadido por elementos estranhos, o sistema imunológico reage. No entanto, muitas vezes o ataque é tão rápido que pode levar a pessoa à morte. A vacinação permite ao organismo preparar sua defesa com antecedência. Mas, se existe suspeita de mal já instalado, é recomendável o uso do soro, que combate de imediato os elementos estranhos, enquanto o sistema imunológico se mobiliza para entrar em ação.
Considerando essas informações, o soro específico deve ser usado quando
(A) um idoso deseja se proteger contra gripe.
(B) uma criança for picada por cobra peçonhenta.
(C) um bebê deve ser imunizado contra poliomielite.
(D) uma cidade quer prevenir uma epidemia de sarampo.
(E) uma pessoa vai viajar para região onde existe febre amarela.
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O botulismo, intoxicação alimentar que pode levar à morte, é causado por toxinas produzidas por certas bactérias, cuja reprodução ocorre nas seguintes condições: é inibida por pH inferior a 4,5 (meio ácido), temperaturas próximas a 1000ºC, concentrações de sal superiores a 10% e presença de nitritos e nitratos como aditivos.
A ocorrência de casos recentes de botulismo em consumidores de palmito em conserva levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a implementar normas para a fabricação e comercialização do produto. No rótulo de uma determinada marca de palmito em conserva, encontram-se as seguintes informações:
I. Ingredientes: Palmito açaí, sal diluído a 12% em água, ácido cítrico;
II. Produto fabricado conforme as normas da ANVISA;
III. Ecologicamente correto.
As informações do rótulo que têm relação com as medidas contra o botulismo estão contidas em:
(A) II, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
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Levando-se em conta os fatores que favorecem a reprodução das bactérias responsáveis pelo botulismo, mencionadas no item anterior, conclui-se que as toxinas que o causam têm maior chance de ser encontradas
(A) em conservas com concentração de 2g de sal em 100 g de água.
(B) nas lingüiças fabricadas com nitrito e nitrato de sódio.
(C) nos alimentos logo após terem sido fervidos.
(D) no suco de limão, cujo pH varia de 2,5 a 3,6.
(E) no charque (carne salgada e seca ao sol).
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A malária é uma doença típica de regiões tropicais. De acordo com dados do Ministério da Saúde, no final do século XX, foram registrados mais de 600 mil casos de malária no Brasil, 99% dos quais na região amazônica. Os altos índices de malária nessa região podem ser explicados por várias razões, entre as quais:
(A) as características genéticas das populações locais facilitam a transmissão e dificultam o tratamento da doença.
(B) a falta de saneamento básico propicia o desenvolvimento do mosquito transmissor da malária nos esgotos não tratados.
(C) a inexistência de predadores capazes de eliminar o causador e o transmissor em seus focos impede o controle da doença.
(D) a temperatura elevada e os altos índices de chuva na floresta equatorial favorecem a proliferação do mosquito transmissor.
(E) o Brasil é o único país do mundo que não implementou medidas concretas para interromper sua transmissão em núcleos urbanos.
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Houve uma grande elevação do número de casos de malária na Amazônia que, de 30 mil casos na década de 1970, chegou a cerca de 600 mil na década de 1990. Esse aumento pode ser relacionado a mudanças na região, como
(A) as transformações no clima da região decorrentes do efeito estufa e da diminuição da camada de ozônio.
(B) o empobrecimento da classe média e a conseqüente falta de recursos para custear o caro tratamento da
doença.
(C) o aumento na migração humana para fazendas, grandes obras, assentamentos e garimpos, instalados nas áreas de floresta.
(D) as modificações radicais nos costumes dos povos indígenas, que perderam a imunidade natural ao mosquito transmissor.
(E) a destruição completa do ambiente natural de reprodução do agente causador, que o levou a migrar para os grandes centros urbanos.
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Produtos de limpeza, indevidamente guardados ou manipulados, estão entre as principais causas de acidentes domésticos. Leia o relato de uma pessoa que perdeu o olfato por ter misturado água sanitária, amoníaco e sabão em pó para limpar um banheiro:
A mistura ferveu e começou a sair uma fumaça asfixiante. Não conseguia respirar e meus olhos, nariz e garganta começaram a arder de maneira insuportável. Saí correndo à procura de uma janela aberta para poder voltar a respirar.
O trecho sublinhado poderia ser reescrito, em linguagem científica, da seguinte forma:
(A) As substâncias químicas presentes nos produtos de limpeza evaporaram.
(B) Com a mistura química, houve produção de uma solução aquosa asfixiante.
(C) As substâncias sofreram transformações pelo contato com o oxigênio do ar.
(D) Com a mistura, houve transformação química que produziu rapidamente gases tóxicos.
(E) Com a mistura, houve transformação química, evidenciada pela dissolução de um sólido.
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Entre os procedimentos recomendados para reduzir acidentes com produtos de limpeza, aquele que deixou de ser cumprido, na situação discutida na questão anterior, foi:
(A) Não armazene produtos em embalagens de natureza e finalidade diferentes das originais.
(B) Leia atentamente os rótulos e evite fazer misturas cujos resultados sejam desconhecidos.
(C) Não armazene produtos de limpeza e substâncias químicas em locais próximos a alimentos.
(D) Verifique, nos rótulos das embalagens originais, todas as instruções para os primeiros socorros.
(E) Mantenha os produtos de limpeza em locais absolutamente seguros, fora do alcance de crianças.
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A biodiversidade é garantida por interações das várias formas de vida e pela estrutura heterogênea dos habitats. Diante da perda acelerada de biodiversidade, tem sido discutida a possibilidade de se preservarem espécies por meio da construção de “bancos genéticos” de sementes, óvulos e espermatozóides. Apesar de os “bancos” preservarem espécimes (indivíduos), sua construção é considerada questionável do ponto de vista ecológico-evolutivo, pois se argumenta que esse tipo de estratégia
I. não preservaria a variabilidade genética das populações;
II. dependeria de técnicas de preservação de embriões, ainda desconhecidas;
III. não reproduziria a heterogeneidade dos ecossistemas.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III
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A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espécies, ecossistemas, como a funções, e coloca problemas de gestão muito diferenciados. É carregada de normas de valor. Proteger a biodiversidade pode significar:
– a eliminação da ação humana, como é a proposta da ecologia radical;
– a proteção das populações cujos sistemas de produção e cultura repousam num dado ecossistema;
– a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como matéria-prima, para produzir mercadorias. (Adaptado de GARAY, I. & DIAS, B. Conservação da biodiversidade em ecossistemas tropicais)
De acordo com o texto, no tratamento da questão da biodiversidade no Planeta,
(A) o principal desafio é conhecer todos problemas dos ecossistemas, para conseguir protegê-los da ação humana.
(B) os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, independentemente do equilíbrio ecológico.
(C) deve-se valorizar o equilíbrio do meio ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da terra e seus recursos.
(D) o enfoque ecológico é mais importante do que o social, pois as necessidades das populações não devem constituir preocupação para ninguém.
(E) há diferentes visões em jogo, tanto as que só consideram aspectos ecológicos, quanto as que levam em conta aspectos sociais e econômicos.
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Na música "Bye, bye, Brasil", de Chico Buarque de Holanda e Roberto Menescal, os versos
"puseram uma usina no mar
talvez fique ruim pra pescar"
poderiam estar se referindo à usina nuclear de Angra dos Reis, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. No caso de tratar-se dessa usina, em funcionamento normal, dificuldades para a pesca nas proximidades poderiam ser causadas
(A) pelo aquecimento das águas, utilizadas para refrigeração da usina, que alteraria a fauna marinha.
(B) pela oxidação de equipamentos pesados e por detonações que espantariam os peixes.
(C) pelos rejeitos radioativos lançados continuamente no mar, que provocariam a morte dos peixes.
(D) pela contaminação por metais pesados dos processos de enriquecimento do urânio.
(E) pelo vazamento de lixo atômico colocado em tonéis e lançado ao mar nas vizinhanças da usina.
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