Júlia é uma recém-nascida de 270 dias de vida, proveniente de parto vaginal, que apresenta uma coleção sanguínea em região da cabeça denominada céfalo-hematoma, conforme ilustra a figura a seguir. Esse tipo de lesão é muito comum durante o parto, caracterizando-se como um tocotraumatismo, cujo resultado é a regressão espontânea.
Fonte: http://www.med1.com.br/artigos/avaliacao-do-recem-nascido [com adaptações]
Em menos de 6 horas após o nascimento, sua mãe Maria, tipo sanguíneo ORh(-), e seu pai, tipo sanguíneo ABRh(+), notaram que ela estava "amarelinha". A essa percepção amarelada da pele, a Medicina conceitua "icterícia", que pode apresentar como causas: sangramentos, a prematuridade, os sistemas metabólicos imaturos, deficiências enzimáticas, isoimunização, hemólise e defeitos estruturais da membrana do eritrócito.
Sabendo-se que os exames de Júlia chegaram com os seguintes resultados, analise-os:
-Análise estrutural das hemácias: bicôncavas
-Tipagem sanguínea: ORh(+)
-Enzimas eritrocíticas normais
A partir dos exames e da história apresentada, o médico procura atentamente descartar as improváveis causas da icterícia de Júlia. Sua tarefa, agora, é analisar os argumentos e marcar o mais provável ao caso da criança.
A) A explicação da doença de Júlia fundamenta-se na sua prematuridade, pois ela nasceu com menos de 37 semanas de gestação.
B) A causa da icterícia relaciona-se à isoimunização, porque ela é filha de um relacionamento extraconjugal.
C) As hemácias normais são esféricas e, não bicôncavas, o que explica a alteração estrutural das células.
D) A única explicação aceitável para a criança ictérica é o céfalo-hematoma, pois as hemácias são destruídas antes dos 120 dias.
E) O fato de Júlia ter ficado "amarelinha" em menos de 6 horas, em nada ajudou o médico na formulação de hipóteses diagnósticas.
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